quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Gestão no futebol brasileiro: a estratégia empresarial

No mundo atual, as organizações devem ter uma estratégia para poderem prosperar. O documento que explicita a estratégia é denominado Planejamento Estratégico.
Importante salientar que apenas existir um bom Planejamento Estratégico não garante o sucesso da estratégia organizacional. O ditado já diz que "papel aceita tudo". Portanto, é preciso ir além do planejamento, é preciso haver gestão, a Gestão Estratégica.
Gestão Estratégica é algo em que as ferramentas de gestão estão a serviço de uma estratégica concebida. Três ideias são importante, nesse sentido: futuro, ambiência e diferenciais.
Se se busca uma estratégia coerente para uma organização, buscar construir um futuro, com a presença de uma visão de longo prazo, é fundamental. Passado gera ensinamentos. Presente deve contemplar ações para se chegar onde se almeja. Mas, o futuro a que se quer chegar é o que deve orientar as ações executivas.
Outro conceito importante é o de ambiência, ou seja, a inadiável tarefa de se olhar para o ambiente externo com inteligência. Óbvio está que o ambiente interno das organizações é importante. Sucede que o ambiente externo, a ambiência, delas é mais importante ainda. Se as organizações não atendem às demandas externas, simplesmente não prosperam.
Construir diferenciais é algo premente. Nesse sentido, a ideia de estratégia se coaduna com os conceitos de empreendedorismo e inovação. Organizações têm concorrentes e, para levar vantagens sobre eles, não se deve fazer o mesmo que eles só que melhor, mas sim fazer algo diferente do que eles fazem.
Bom, e o que o futebol tem que ver com isso?
Simplesmente, as organizações contidas no futebol tem pífia atuação estratégica. Algumas, simplesmente não têm uma estratégia bem delineada. Outras, até a têm, mas abandonam seus fundamentos no primeiro obstáculo que aparece. Alguns exemplos disso são:
• Você sabe o que o clube que você torce aspira ser daqui a cinco, dez ou 15 anos? Que futuro se quer construir?
• Os clubes levam em consideração o perfil mercadológico de sua torcida ao, por exemplo, construírem seus estádios? Cadê o cuidado com a ambiência?
• Os clubes pensam diferenciais que posam ter em relação a outros clubes? Ou será que esses diferenciais são construídos na base do empirismo, e não alinhados com uma estratégia?
Parece que tudo é feito com uma visão imediatista, se quer "apagar incêndio". Isso é a própria negação da estratégia, que, nas palavras de um grande especialista, o renomado professor Paulo Robero Motta, constitui-se do fato que “o bem se faz melhor se antecipado e o mal é menos mal do que previsto”.

* Luis Filipe Chateaubriand é professor universitário na área de Gestão
Fonte: Universidade do futebol

Boa leitura...

Saúde e Paz!!!

Renan Mobarack

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